A agricultura orgânica chegou ao Brasil nos anos 70. O processo não utiliza inseticidas, fungicidas, herbicidas e adubos químicos. Solo, sementes, insetos, mato e água são partes do mesmo organismo. A preocupação é com as condições físicas, biológicas e químicas do solo, que é visto como um sistema vivo e não como simples local de plantio. Áreas de mata são preservadas para a existência de insetos que se alimentam de pragas que eventualmente surgem na lavoura.

Além de ecologicamente saudável, a agricultura orgânica também é socialmente justa, contemplando as relações de trabalho. Sua prática é mais do que um conjunto de ideias. É preciso cumprir uma série de normas para que um produto receba o certificado orgânico.

No Brasil são várias as empresas que certificam os produtos orgânicos. No nosso caso, somos certificados pela ECOCERT. Técnicos deste órgão inspecionam todas as etapas de produção: proteção das nascentes de água; preservação da biodiversidade; distância de vizinhos que fazem agricultura convencional, plano de conservação do solo etc. Além disso, também fiscalizam as relações de trabalho de acordo com as leis vigentes e normas de segurança e higiene, para que se estabeleça um ambiente sadio.

Rastreabilidade

Para que um alimento possa receber o certificado orgânico é necessário todo um processo de acompanhamento:

– Visitas periódicas de um inspetor no local de produção, de uma certificadora reconhecida pelo Ministério da Agricultura.

– Mecanismos de controle interno.

– Aprovação da unidade de produção dentro dos padrões de qualidade orgânica.

Quando tudo está de acordo e aprovado, o produtor recebe um número que passa a acompanhar todos os seus produtos, do plantio até a comercialização. Este número permite rastrear toda a “história” do alimento que chega até a sua mesa.